Menu
Uncategorized

Biblioteca de Amélia { janeiro/2016 }

Uma rapidinha sobre os livros que eu li no último mês, aliás, o mais produtivo mês dos últimos anos. Além de eu ter lido muitos livros (sete) todos eles valeram muito à pena.

Meu desafio para esse ano é não só continuar lendo (como eu já disse por aqui) mas também manter os registros das leituras no blog, o que eu não consegui fazer o ano todo em 2015 (parei em novembro e dezembro meses em que eu também li intensamente).

Dos sete livros lidos no mês de Janeiro, três tem a depressão como tema principal o que só mostra quanto interesse eu tenho sobre o assunto. Como muita, mas muita gente mesmo, me pede recomendações sobre o que ler sobre o assunto eu recomendo os livros do Andrew Solomon que foi publicado no Brasil e o do Matt Haig para quem lê em inglês.

The Noonday Demon – An Anatomy of Depression, Andrew Solomon (O demônio do meio-dia). Um livro que eu queria ler há muito tempo, muito mesmo. Sempre adiei, confesso, porque é um livro enorme e eu achava que seria uma leitura difícil. Engano meu. O jornalista Andrew Solomon mistura sua experiência pessoal com uma ampla pesquisa sobre a depressão (ele fala sobre sintomas, tratamentos, história, suicídio, tudo permeado de histórias reais, algumas extremamente tristes). Não é uma leitura para todo mundo, mas é essencial para quem, como eu, convive com a doença.

Brain on Fire, Susannah Cahalan (sem título em português) – Encontrei uma menção à essa história fantástica quase sem querer e comprei o livro de imediato. A Susannah Cahalan também é jornalista e escreve sua experiência com uma doença misteriosa e rara que fez com que ela praticamente enlouquecesse e que quase causou sua morte, quando ela ainda tinha vinte e poucos anos e estava começando uma carreira no jornal The New York Times. Vai virar filme em breve e recomendo muito a leitura.

Mindful Eating, Andy Puddicombe (sem título em português). O Andy Puddicombe é um ex-monge budista, criador do Headspace uma plataforma de prática de meditação que mudou minha vida e a percepção que eu tinha sobre o assunto. Aliás, ele é um dos responsáveis pela popularização da meditação no ocidente. Nesse livro ele ensina como usar o principio de “mindfulness” (ou “atenção plena”) à alimentação e como isso pode ser o final dos problemas com excesso de peso e dietas malucas. Eu vejo todo sentido mas confesso, ainda estou trabalhando nesse aspecto porque eu uso a comida para lidar (ou não) com as minhas emoções e esse é um hábito muito difícil de ser quebrado.

Reasons to Stay Alive, Matt Haig (sem título em português)– Dá para recomendar um livro mil vezes? Reasons to Stay Alive é também um relato pessoal de um jornalista que sofre com a depressão e é totalmente inspirador. Tão inspirador que eu li, reli, grifei e terminei com uma vontade incrível de escrever para o Matt Haig e agradecer por ter sobrevivido e escrito o livro.

The Lady in the Van, Alan Bennett (sem título em português) – Esse já virou filme e é uma história tão absurda que parece mentira. Amei o livro, dei muita risada e é tão curtinho que dá para ler numa sentada. Engraçado é apesar de ainda não ter visto o filme não consegui deixar de associar a personagem real à atriz inglesa Maggie Smith que vive o papel no cinema.

Furiously Happy, Jenny Lawson (sem título em português) – A Jenny Lawson é uma escritora/jornalista e blogueira americana bem famosa e esse é o segundo livro de memórias dela (que guess what? também vive com depressão). O livro é descrito por ela mesma com um “relato engraçado sobre uma coisa horrorosa”. Eu confesso que o tipo de humor non-sense dela não é muito a minha praia (ou my cup of tea como se diz por aqui) e não curti o livro todo. No entanto me tocou bastante (e como não?) como ela lida com o assunto abertamente e as razões dela para tanto (ela conta uma história muito linda no livro sobre como ela guarda como uma espécie de “lembrete” cartas de 24 pessoas que desistiram da idéia de cometer suicídio depois de terem visto o apoio e carinho que ela recebeu ao tornar pública sua luta contra a doença). Enfim, dei algumas risadas mas quase pulei alguns capítulos.

Vida Organizada, Thais Godinho. A Thais tem um blog de organização bem legal e eu já falei nela e no livro nesse post aqui. O livro é básico e algumas ideias são bacanas se você é iniciante.

***

N.

About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

6 Comments

  • Alessandra Mosquera
    February 16, 2016 at 10:22 pm

    Obrigada pelas dicas de livros sobre depressão! O do Andrew Solomon encontrei em espanhol, mas o do Matt Haig só em inglês. Já coloquei os dois na lista de desejos do kindle, assim que sobrar uma grana vou compra-los. Depois te conto o que achei! Valeu mesmo!

    Reply
  • Ella
    February 17, 2016 at 12:21 am

    Nivea, você já assistiu a TED Talk do Andrew Solomon sobre a depressão? É fantástica! Fica a recomendação 🙂

    Reply
    • Nivea Sorensen
      March 5, 2016 at 11:04 am

      Ainda não, Ella. Vou assistir, obrigada pela dica x

      Reply
  • Mariana
    February 17, 2016 at 12:00 pm

    7 livros no mês! Uau!
    Maggie Smith = <3
    Acho ela fantástica.
    Bjos!

    Reply

Leave a Reply