Ô dó, gente

Vida de bebê não é mole. A da baba Elena, pelo menos, não é, considerando-se a quantidade de lágrimas que ela derrama diariamente.

Ela não só chora, não, que Elena veio ao mundo para deixar claro o que ela sente ou quer, ela chora de ficar com o rosto molhado e vermelho, chora com soluço, em alto e bom som, com gosto mesmo, sabe? Elena é parecida comigo. Se é para fazer alguma coisa que seja bem-feito, ainda que a coisa seja drama.

Eu acho bom que ela seja assim. Quer dizer, acho bom para ela porque acho que ser sensível é muito mais uma qualidade do que um defeito. Para mim é uma merda porque ouço ela chorar o dia todo.

Ao mesmo tempo que eu comparo ela ao irmão nessa idade (gostaria de não comparar mas ainda não cheguei nesse nível de maturidade materna) evito ao máximo julgar e nivelá-los. Um não é mais fácil ou mais difícil do que o outro. Os dois são diferentes, com qualidades e defeitos e são amados pelo que são.

O que eu faço, no entanto é fotografar e me divertir com a cara dela, o mínimo que eu mereço por aguentar o chororô.

Diz aí se nessas fotos do post Elena não parece alguém que acabou de descobrir que comer pão com manteiga ENGORDA. Ou que ouviu da mamãe que se ela continuar comendo glúten eu vou seguir o conselho daquela moça-fit-magia do instagram e mandar uns nudes dela por aí.

Na verdade ela estava mesmo era com dor de garganta. Ou com um novo dentinho nascendo. Ou possuída.

Não se sabe.

N.