Erik, 4 anos

Não sou a pessoa mais festeira do mundo. Muito pelo contrário, eu odeio organizar festa. Sei lá, me coloco pressão demais, quero tudo pronto antes, enfim, aquela semana toda antes de uma festinha de aniversário acaba me deixando exausta mentalmente e eu não curto.

Mesmo assim eu acho que algumas datas não podem passar em branco e aniversário de filho é uma delas. A gente sente uma felicidade tão grande em vê-los completar mais um ano que quer mesmo é dividir. Agora então que o Erik está naquela idade de realmente aproveitar as festas, é uma alegria infinita vê-lo tão feliz.

Esse ano, com a chegada da Elena, a mudança de casa, a idéia era fazer a mais pequena das festinhas, aqui em casa mesmo, para poupar dinheiro e trabalho. Até queria fazer num lugar maior (como no ano passado) ou encher a casa de convidados, mas a verdade é que a verba era pequena e a vontade de não enlouquecer antes da festa era grande.

Por mais que eu não goste de festa infantil com tema de personagem de TV, dessa vez Erik escolheu e eu aceitei porque afinal de contas a festa era dele. Ele quis que o tema fosse Paw Patrol, um desenho sobre um grupo de cachorros fofinhos que andam por aí salvando a vizinhança.

Queria ter feito toda a decoração e todo o resto em casa, assim como no ano passado, e evitar comprar coisas prontas, mas entre o bom gosto e a facilidade, optei pela segunda alternativa. Comprei um pacote pronto num site de festas com balões, pratinhos, copinhos, toalha de mesa, decoração de teto e banner para a parede.

Cogitei comprar um bolo pronto decorado com pasta americana, mas ainda bem, desisti da idéia e fiz o meu bolo simples mesmo. Além disso deixei cupcakes, cakepops e doces de copinho para lá e fiz só brigadeiros, casadinhos e beijinhos (em quantidades pequenas). De salgado, servimos só coxinha, bolinha de queijo e risoles, comprados por encomenda. O exagero também foi evitado e dessa vez sobrou muito pouca comida para contar estória e atrapalhar minha dieta.

A lista de convidados foi a mínima possível (deixei muita gente querida de fora, mas não teve jeito).

Fiquei muito, mas muito feliz com o resultado. A festa foi do jeitinho que a gente queria, pequena, simples, sem nenhum exagero. Na noite anterior não trabalhei até de madrugada e fui dormir deixando tudo praticamente pronto. Depois de todo mundo ir embora o trabalho para arrumar tudo também foi mínimo. Além disso não estourei meu orçamento.

Acho que no final das contas, todo mundo ficou feliz.

Erik, então, disse que foi a melhor festa de todos os tempos. Mas não se engane, ele diz isso para todas.

Para o meu pequeno, que comemora hoje os 4 anos, toda a luz e alegria que ele possa ter nessa vida. Que ele tenha muito mais festas para comemorar e que seja sempre essa criança cheia de amor, de carinho e de fogo na bunda.

N.