Meu nome é Sorensen. Não de pai, mas de marido, como eu já expliquei aqui. Ele, você já deve saber, é irlandês (de barba vermelha). Assim como o pai dele, e o pai do pai dele, e o pai do pai do pai dele. E o pai do pai do pai… Todos nascidos e criados por aqui. Ou melhor, quase todos.
Sorensen é um sobrenome de origem norueguesa e significa simplesmente o filho de Soren. Remete a Idade Média, quando não existiam sobrenomes, assim no sentindo que a gente conhece hoje. Para idenficar um João de outro se dizia que um era o João filho do Antônio, e o outro o João filho do Pedro. Assim Jackson em inglês significa o filho de Jack, Erikson em sueco o filho de Erik, MacGregor em escocês o filho de Gregor e O’Malleys em irlandês o filho de Malleys. E so on and so forth.
O fato é que lá nessa época, na Noruega, um tal de Soren teve um filho, que ganhou como sobrenome, adivinhem, Sorensen.
Mas a Idade Média chegou ao final e surgiu a necessidade de se adotar sobrenomes que seriam então passados de pai para filho por gerações a fio. Assim o filho de Soren, deu ao seu filho o sobrenome Sorensen, que fez o mesmo com o filho dele, que… bom você já sabe.
Muitos anos depois um desses Sorensens veio parar na Irlanda, em Cork mais especificamente. A única explicação plausível para isso é de que esse Sorensen era um Viking. Ou o que mais um norueguês viria fazer por aqui naquela época muito antes de existir o conceito de imigração?
Conclusão, os Sorensens irlandeses são todos descendentes de povos bárbaros.
E eu com isso? Bom, eu tenho um deles na barriga. Meu babóg metade irlandês metade brasileiro tem sangue viking (e olha só que contradição, inglês também). E só isso mesmo minha gente justifica (colabora comigo, vai) a fome que eu sinto desde que fiquei grávida.
Enjôo no primeiro trimestre? Não me impediu de comer e ganhar peso. Azia no terceiro? Nem sinal. Eu passo boa parte dos meus dias mastigando (mesmo que na maioria das vezes sejam frutas o que eu enfio estômago abaixo). Tudo o que eu vejo alguém comer eu quero comer também. Uma hora depois do almoço? Já estou com fome de novo. Fome mesmo, de verdade. De doer o estômago.
Eu poderia, agora no jantar se quisesse, comer um Javali.
E a culpa é de quem? Do filhote de bárbaro. Ou se não é, pelo menos você deve concordar comigo, é uma boa desculpa, não?
N.
PS. Ah, e feliz 29 semanas para mim!!
22 Comments
felipe
February 2, 2011 at 9:54 pmNossa… Imagina entao o apetite que esse filhote de viking vai ter por cerveja!!! Saudade
nivea
February 4, 2011 at 12:25 pmFe, o filhote de viking vai tomar cerveja na mamadeira! E vamos todos estar ai no final do ano.
Te amo
x
ka smith
February 2, 2011 at 11:20 pmHAHAHAHAHA
Tenho que começar imediatamente a pesquisa do sobrenome Keogh, porque assim, né? fiquei com inveja da sua boa desculpa, já que o ser que se encontra na minha barriga se não é barbaro de sangue será por menção honrosa, fome é uma coisa que tem dado e não tem passado, acordo e durmo com ela, aliás tenho inclusive dormido mais cedo para impedir que minha ingestão de calorias ultrapasse 10.000.
Depois a gente chora junto flor!
beijooo
nivea
February 4, 2011 at 12:26 pmhaha… Choramos juntas entao!
Beijocas
Ursula
February 3, 2011 at 2:32 amPois eu nem preciso pesquisar nada…Hummel deve significar: “aquela q come o tempo td sem fome e sem motivo sem nunca ter a fome saciada”. E colorim colorado!
Ursula
February 3, 2011 at 2:53 amPronto Ni. Terminei a pesquisa sobre minhas origens!
nivea
February 4, 2011 at 12:26 pmhaha… ficou otima. Vc devia ser historiadora!
bjs
Ernani
February 3, 2011 at 8:00 amCaraca… será que tem um bárbaro na minha barriga???
Ian
February 3, 2011 at 12:16 pmEu tambem!
nivea
February 4, 2011 at 12:29 pmNao meu amor, vc tem eh sympathy hunger.
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nivea
February 4, 2011 at 12:28 pmBarbaro eu nao sei, mas ja procurou saber se eh verme? 😉
Bjs
Karina M.
February 3, 2011 at 10:18 amAdorei o post!!
Eu também acho que um bárbaro habita a minha barriga.rsrrsrsr
Só que não estou tendo a mesma sorte que vc, pois a azia me pegou de jeito.
Mas mesmo assim eu como!!rsrsr Tudo bem que essa noite eu não dormi direito, uma hora por causa da azia e depois porque meu baby chutava.
Beijos
nivea
February 4, 2011 at 12:30 pmKarina,
A melhor coisa eh nao dormir pq eles chutam. Adoro!
bjs
Rafaela
February 3, 2011 at 12:24 pmOlá Nívea! Sigo seu blog faz um tempo e leio todos seus posts! Acho muito legal essas coisas de sobrenome e desde pequena adorava fazer a tal da árvore genealógica. Meu sobrenome é espanhol e tem uma vila na Espanha (até com castelo) com esse nome. Agora estou planejando ir pra lá para finalmente descobrir se é de lá que eu venho! Adorei o post! beijos!
nivea
February 4, 2011 at 12:30 pmPois eh Rafaela, agora que esta por aqui tem mais eh que ir la ver mesmo.
xxx
Mi.
February 3, 2011 at 2:08 pmE como e que faco eu, com um sobrenome bem vagabundinho sem origem viking nem nada, sem babog na barriga, e ainda assim com fome a toda hora?
Vou defender a tese da fome por empatia, que se transmite pelo contato com amigas portadoras de babogs (vikings ou nao). Sendo assim, posso comer tranquila, sabendo que estou sendo apenas solidaria com minhas amigas mais famintas! 🙂
Bjs,
nivea
February 4, 2011 at 12:31 pmMi,
Adorei a solidariedade. Vou contar com ela qdo precisar de companhia pra malhar depois que o babog nascer, hein?
xxx
Ursula
February 3, 2011 at 10:03 pmViva os sobrenomes!
nivea
February 4, 2011 at 12:32 pmViva! x
Ana
February 4, 2011 at 12:49 pmAh, meu sobrenome é tão menos glamouroso. Um dia, Fulano alfaiate resolveu que alfaiate era um sobrenome legal. E tamos aí, os Taylors da vida! haha
Agora, a explicação da fome faz todo o sentido! 😉 (apoio moral)
Beijos!
Manu
February 4, 2011 at 6:35 pmHAHAHA adooooorei Nivea! toda uma explicação historica pra fome monstruosa! 😉
beeeijos
Ms. Cherry
February 7, 2011 at 2:08 pmGarantido que Cullingford significa fome, muita fome; insaciável! Pq Mr. M come horrores! Medo. Mto medo de um mini Cullingford na minha barriga.
Bjos