As 5 estórias de amor mais lindas do cinema

Na minha opinião, claro.

No mês passado, em meio ao calor dos dias dos namorados no Brasil, vi circulando pela internet várias dessas listas com filmes de amor. O que não vi foram os meus preferidos. Talvez porque eu não goste de filmes muito óbvios ou água-com-açúcar, nem de finais felizes e convencionais. Comédia romântica, então, passo longe.

Foi aí que resolvi fazer essa lista com cinco dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Cinco filmes cujo tema fosse amor.

The Bridges of Madison County (As Pontes de Madison)

Uma dona-de-casa no interior do Iowa, naquela fase da vida em que os filhos quase crescidos não lhe dão a mínima atenção, em que o marido mal a vê, se encontra na ausência temporária de toda a família completamente apaixonada por um fotógrafo da National Geographic que está por ali de passagem. Dividida entre o amor e a família, a cena em que ela precisa tomar uma decisão, assim na hora, dentro de um carro, é das mais lindas de todos os tempos (e eu sempre choro de soluçar). Outro dia vi que a Globo copiou a cena numa novela.

A direção do Clint Eastwood é belíssima mas o ponto alto do filme é sem dúvida a atuação da Meryl Streep.

Brokeback Mountain (O Segredo de Brokeback Mountain)

Jack Twist e Ennis Del Mar são dois cowboys que se conhecem e se apaixonam ao trabalharem juntos em 1963. Por mais de 18 anos os dois mantém um relacionamento conturbado e proibido.

A fotografia é linda e os dois atores principais estão excelentes e têm uma química incrível. Michelle Williams, apesar de coadjuvante, rouba a cena como a jovem esposa de um deles, que tenta se deixar enganar mas sabe, no fundo, que o que existe entre o marido e o suposto amigo é uma paixão que ele não sente por ela. Numa das cenas em que ela presencia os dois juntos à mesa, o olhar dela é triste, doído, de dar pena mesmo.

Triste e lindo, lindo, lindo.

Lost in Translation (Encontros e Desencontros)

Acho que muitos nem considerariam essa uma estória de amor, mas gente….

Bob Harris, personagem do Bill Murray, é uma estrela de cinema que está em Tóquio para fazer um comercial de uísque. Charlotte, vivida pela Scarlett Johansson, por sua vez, está na cidade acompanhando seu marido, um fotógrafo workaholic que não lhe dá muita atenção. Bob e Charlotte se encontram, por acaso, no bar do hotel, e em pouco tempo tornam-se grandes amigos.

A cena em que o Bill Murray diz algo no ouvido da Scarlet Johansson (a gente fica sem saber exatamente o que foi) e a vê partir ao som de Just Like Honey é absolutamente linda. O jeito com que ele olha para ela é inesquecível.

The Piano (O Piano)

A estória se passa durante o período e colonização da Nova Zelândia. Ada (Holly Hunter) que não fala desde os 6 anos de idade se muda para o novo país com a filha (A Anna Pakin, ainda menina), por conta de um casamento arranjado. Ao chegar lá ela é afastada do seu piano, objeto que ela tanto ama. Para recuperá-lo ela acaba se envolvendo com outro homem.

Destaque para a cena linda onde Ada toca piano na praia (a atriz Holly Hunter tocou de verdade, sem dublês), enquanto a filha dança.

Ambas as atrizes e o roteiro foram premiados com um Oscar.

Once (Apenas Uma Vez)

Já falei desse filme irlandês aqui no blog muitas vezes mas sempre vale a pena me repetir porque a estória é linda, a trilha sonora idem, e se não fosse o bastante, tem Dublin de fundo.

De novo é uma estória de amor não clássica, que nem chega a se concretizar. Os personagens principais não tem nome e são, tanto no filme como na vida real, músicos. Confesso que assisti sem nenhuma grande expectativa mas me surpreendi.

A canção original, Falling Slowly, ganhou um Oscar e foi a música que Ian e eu escolhemos para dançar no nosso casamento.

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Já viu algum deles? Me conta o que achou?

N.