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Aquele com a visita da polícia

Ontem o dia dos Sorensen foi interrompido por uma visita que acabou por estragar o que até então era só mais um domingo de ressaca.
Nos preparávamos para assistir Inglaterra x Alemanha quando a campainha tocou. Supresa número um, já que a campainha praticamente nunca toca. Para a surpresa número dois, era uma policial fardada. E a surpresa número três, ela procurava pelo meu marido.
Como achei muito estranho fui acompanhar a conversa da porta e me deparei com I. respondendo perguntas sobre o carro (de quem é, quem dirige, blá, blá, blá). Até aí só estranho mesmo. Só comecei a me preocupar quando a pergunta foi onde ele estava em 30 de Maio. Estava perto de Clare?

Como assim? Que dia foi 30 de Maio? Talvez estivéssemos em Killarney ou em Limerick? Mas perguntado assim na lata (depois de quase um mês) quem se lembraria do que fez naquele dia? Eu não. Nem tão pouco I. se lembrou na hora. Não nos ocorreu nem que mesmo que estivéssemos em Killarney ou Limerick não passaríamos por Clare.

Enfim, I. foi “convidado” a prestar esclarecimentos na delegacia amanhã. A policial ainda deixou claro, que não, ele não estava sendo preso (ah bom, porque isso vai me deixar mais calma, ahã). A acusação? Direção perigosa. Mais especificamente (o que ela só concordou em nos dizer depois de certa insistência), alta velocidade e “quase” atropelamento de um pedestre, seguido de fulga. Quatro pessoas (isso mesmo quatro) são testemunhas e afirmam que o carro era o nosso.

Acontece que naquele domingo nós não estivemos em Clare. Nós não estivemos nem perto de Clare. Na verdade não vamos à Clare desde setembro do ano passado! Estávamos em Dublin, ou seja, do outro lado do país. Eu até postei um texto no domingo (clique aqui)  e outro na segunda (clique aqui) sobre o fim-de-semana e o fato de que meu mau-humor nos impediu de fazer qualquer naquele dia.

Infelizmente, por termos passado o dia em casa não existe nada que possa provar que não saímos de Dublin (a não ser os emails de trabalho que ele enviou desse computador). Fosse no sábado talvez pudéssemos mostrar o extrato bancário da conta individual de I. que mostra que o cartão de débito dele foi usado diversas vezes por aqui (se você leu meus textos sabe que almoçamos na Lemon, fizemos compras na Hodges Figgs, etc., etc., etc.). Mas ao que parece, a Lei de Murphy impera.

O que até agora eu não consigo entender é como quatro pessoas podem ter visto um carro em Clare que  obviamente não saiu da garagem em Dublin!!!

Ah, desnecessário dizer, mas… I., que nunca tomou uma multa, que nem sequer buzina no trânsito está obviamente transtornado com o fato de ter que ir à delegacia depor.

Só espero que o mal entendido todo se resolva amanhã mesmo, e assim ter minha paz de volta.

N.

PS: para piorar o que já estava bem ruim, a Inglaterra fica fora da Copa e a Argentina segue.

PS2.: naquele mesmo post que eu citei aí em cima, eu dizia que meus domingos precisavam ser benzidos. Alguém ainda duvida?

About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

10 Comments

  • Wagner, DUBLIN
    June 28, 2010 at 8:34 am

    mistééééeééério…ta bem Agatha Crhistie esse post…adoooooooooro.

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  • Mr. Lemos
    June 28, 2010 at 11:12 am

    Seguinte: precisando de um álibi, ofereço meus serviços gratuitamente. Sou contra essa opressão inexata da polícia.

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  • Mr. Lemos
    June 28, 2010 at 11:14 am

    E digo mais: se eu fosse I., iria agora mesmo até Clare, atropelaria aquele pedestre safado que saiu ileso da última vez e ainda faria strike com as quatro testemunhas cegas. Humpf!

    Reply
  • F.Pamplona
    June 28, 2010 at 11:32 am

    Que história, hein? Espero que dê tudo certo.

    Aliás, segundo blog com notícias de polícia que leio hoje. Eu, hein, os brasileiros precisam se benzer, como bem disseste.

    Reply
  • Will
    June 28, 2010 at 1:18 pm

    Fosse no Brasil, que impera carros com placas clonadas, pedestres que atravessam a via onde bem querem e motoristas educados feito uma porta, seria "normal". Mas realmente seu caso é um mistério! rs..

    Espero que o mal-entendido se resolva! 🙂

    Reply
  • Will
    June 28, 2010 at 1:19 pm

    Corrigindo:
    * Fosse no Brasil, ONDE impera…

    🙂

    Reply
  • Will
    June 28, 2010 at 1:21 pm

    Eita

    * Fosse no Brasil, ONDE IMPERAM…

    segunda-feira é difícil! kkkk

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  • Sandre
    June 28, 2010 at 1:50 pm

    Que merda! Espero que tudo se resolva bem. Depois vc tem que postar o outcome dessa situação. Bjos!

    Reply
  • Blog da Pandinha
    June 28, 2010 at 5:31 pm

    Ni, que coisa desagradável, mas tudo há de se resolver. E se a situação não for favorável, assino embaixo do que meu irmão falou: vamos todos até Claire e atropelar o maldito! Só que na porrada mesmo. Boa sorte. Beijos

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  • Ellen
    June 29, 2010 at 9:00 am

    Olá Nivea,sem acento,

    Que engraçada coincidência, pois acredite ou não, já havia lido seu blog seu algumas vezes. Uma vez vi o link em um outro blog. Acredita?

    Eu continuo sem minha carteira, mas com metade dos problemas já resolvidos. Fui a Garda, mas sem muitas novidades. Paciência!

    E pelo que vejo, temos outra coincidência. A diferença é que a Garda foi até aí bater na sua porta! Espero que tudo se resolva rápido e sem sofrimentos! =)

    Obrigada pela visita!

    beijinho,
    Ellen

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