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Pretensões e Desabafos

Aprendi a fazer omelete e agora eu como brócolis

Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
(Legião Urbana – Metal Contra as Nuvens)

When the dream came
I held my breath with my eyes closed
I went insane,
Like a smoke ring day
When the wind blows
(Neil Young – On the Way Home)

Tanto tempo sem escrever. Escrevi vários posts imaginários. “Escrevi” sobre a falta de noção das pessoas e a vontade que a maioria de nós tem de voltar a ser criança e se comportar de maneira ridícula. Isso depois do último workshop que participei. “Escrevi” o meu “Diário de Bridget Jones”, chegando aos 30, tentando manter uma dieta e parar de fumar. Não sei qual tem sido mais difícil. Mas toda vez que penso em conectar e digitar, alguma coisa surge para ser feita, ou a preguiça mesmo me domina. Ou encontro alguém intressante online no msn (ou não). Ou durmo.
Na verdade, nos últimos dias andei meio ocupada com a TPM do século, chorando e me preocupando com coisas que eu nem sei se são ou eram reais. Voltei a ouvir Legião Urbana (há quanto tempo eu não fazia isso?). Li muito Caio Fernando Abreu (quando é que eu vou parar de fazer isso?).
Trabalhei bastante no mês que terminou. Depois ainda consegui alguns dias (não semanas inteiras) de descanço e organização pessoal antes do início das aulas, que é hoje por sinal. Ainda vou ter um resto de semana livre e não quero fazer nada. Quero descançar minha cabeça.
O título do post é a única novidade na minha vida. Levando-se em consideração que é sobre mim que estou escrevendo, não é pouca coisa não. No início do ano, quando escrevi minhas resolutions, uma delas era fazer algo que eu nunca tinha feito. Será que comer brócolis conta? Deve contar porque eu não escrevi nada sobre a natureza dessa “coisa nova” que eu queria tanto fazer. Em nenhum lugar está escrito que tinha que ser algo radical. E como sou eu quem decide se conta ou não… conta, e pronto!
Quanto ao omelete…. acho que isso é realmente o máximo que eu consigo em termos de habilidades culinárias. Eu acho até que sei o porquê. Eu tenho muita dificuldade em me concentrar numa única atividade por vez, por mais simples que ela seja. Cozinhar envolve isso. Quer dizer, você tem que estar ali, mexendo, vendo se está tudo bem, se está cozido, se ferveu, etc , etc, etc… Eu simplesmente não consigo fazer isso, quero cozinhar e assitir tv na sala, falar com fulano no msn, trocar o cd a cada música tocada, atender ao telefone, ler uma revista. Aí não dá certo. Por isso absolutamente todas as vezes que eu tento fazer algo simples e rápido dá errado. Eu queimo o sanduiche, a água ferve até evaporar completamente, eu esqueço de mexer a sopa pronta e ela “encaroça”, o hamburger gruda na frigideira, o peixe no papel espelhado.
Mas aos poucos eu chego lá… Já me acho um pouco mais responsável. Tenho aprendido finalmente que não posso gastar dinheiro, ou melhor estou ainda nesse processo de aprendizagem. Tenho tentado ser um pouco mais independente, talvez um pouco menos dependente seja um termo melhor.
Quem sabe eu ainda volte a escrever os posts não escritos?
About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

1 Comment

  • DJ
    August 21, 2006 at 11:18 pm

    Legião Urbana??? Vai me dizer que vc tbm canta Faroeste Caboclo de cor?

    ps: miss you

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