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Livros

Biblioteca de Amélia { Agosto, Setembro & Outubro 2015 }

Três meses, seis livros (um deles não está na foto porque de tão bom emprestei).

Aliás, foram seis livros em dois meses porque andei doente em setembro e não consegui ler absolutamente nada. Boa parte de outubro passei do mesmo jeito, mas acabei escolhendo duas leituras em português, compradas na última viagem, e li em menos de uma semana. Os outros foram todos lidos mesmo no mês de agosto.

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20910157Yes Please (Amy Poehler)

A Amy Poehler é atriz, comediante, diretora, produtora, escritora, minha melhor amiga (I wish) e seu primeiro livro (uma mistura de estórias pessoais com conselhos úteis ou nem tanto) é hilário do início ao fim. Ri tanto que cheguei a acordar Elena algumas vezes e tanto que tive que ler alguns trechos para o Ian, deitado ao meu lado se perguntando de que tanto eu ria.

O melhor de tudo é que eu não esperava muito, afinal eu gostava dela como atriz e criadora da melhor série de todos os tempos (Parks & Recreation) mas não sabia que ela escrevia tão bem. Quem me deu o livro de presente, achando que eu ia gostar (e acertando em cheio) foi o Ian.

Já disse que amei? Então, AMEI.

Why Didn’t They Ask Evans? (Agatha Christie)1

“Em Por que Não Pediram a Evans?, publicado originalmente em 1934, Agatha Christie põe em cena os espirituosos Lady Frances Derwent e Bobby Jones. Bobby, em meio a um jogo de golfe, encontra um homem moribundo, aparentemente caído de um penhasco. Dos lábios do estranho saem as inusitadas palavras que dão título ao livro e que lançam o casal de amigos numa investigação. Mal sabem os detetives amadores que sair indagando sobre a possível identidade de Evans e sobre o que não foi pedido a este e algo que colocará suas próprias vidas em perigo.” 

Tão legal quanto os romances mais famosos da autora. Como sempre a trama se desenvolve sem falhas e o final surpreende.

278237Parker Pyne Investigates (Agatha Christie)

“Especialista em estatística, dono de uma mente muito viva e um grande conhecedor da natureza humana, Parker Pyne utiliza estas qualidades para ser uma espécie de vendedor de felicidade. Mas o bondoso e aparentemente inofensivo detetive não se limita a solucionar os problemas de mulheres ciumentas, maridos fracassados ou militares da reserva: também cabe a ele enfrentar ladrões, seqüestradores e assassinos. Para eles, Pyne prepara as armadilhas mais engenhosas, demonstrando que uma mentira oportuna pode ajudar a descobrir a verdade. Ao todo são 12 historias variadas e divertidas sobre o curioso personagem que mostram o inigualável senso de humor que tornou Agatha Christie famosa em todo o mundo.” 

Totalmente diferente, já que o “detetive” dessa coletânea de pequenas histórias não é exatamente um detetive no sentido clássico, daqueles que resolvem mistérios mas sim alguém que oferece seus serviços para fazer seus clientes mais felizes, como ele mesmo faz questão de afirmar.

Bacana, mas dispensável.

Three Act Tragedy (Agatha Christie)25390270

“Um jantar na casa de um ator respeitável. 13 convidados à mesa. Uma noite normal pelo menos até o reverendo Stephen Babbington engasgar com sua bebida, sofrer convulsões e morrer. Para surpresa de todos, que suspeitavam de envenenamento, seu copo de martini não mostra traços de veneno. Hercule Poirot, no entanto, já esperava esse resultado. Para o detetive aposentado misterioso mesmo é o fato de não haver aparente motivo para a morte do reverendo”

Daqueles títulos da Agatha Christie que eu nunca tinha ouvido falar e que talvez por isso, não espera muito. No entanto, me surpreendi muito com a trama e quase não consegui parar de ler até chegar ao final. Three Act Tragedy (ou em português, Tragédia Em Três Atos) entrou para meu top 5 da autora. Demais.


AINDA_ESTOU_AQUI_1440165300518275SK1440165300BAinda Estou Aqui (Marcelo Rubens Paiva)

“Trinta e cinco anos depois de Feliz ano velho, a luta de uma família pela verdade.

Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. 

Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar — e tentar entender — o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.” 

O Marcelo Rubens Paiva marcou minha adolescência (não conheço ninguém da minha geração que não tenha lido Feliz Ano Velho) e me emocionou horrores com seu último livro, uma tentativa de trazer luz a história de luta de sua mãe que hoje sofre de Alzheimer.

Se você tiver que ler um único livro esse ano, essa é minha recomendação.  Aliás, se eu tivesse que guardar um livro da minha coleção para meus filhos lerem no futuro, seria esse. A história do Marcelo e da sua família se mescla a um período triste da nossa própria história e deveria ser leitura obrigatória.

Correr – O Exercício, A Cidade e o Desafio da Maratona (Dráuzio Varella)25506930

“Drauzio Varella é oncologista, autor de best-sellers, voluntário numa prisão, pesquisador do uso medicinal de espécies amazônicas e ainda celebridade na TV. Mas consegue há mais de vinte anos conciliar esse atribulado dia a dia com a prática regular de exercício físico. Para ele, correr não é só um hobby: é o que lhe dá o equilíbrio para enfrentar os desafios da vida.

Em Correr, Drauzio conta como e por que decidiu espantar o sedentarismo; relata o desafio da primeira maratona; nos dá um panorama da história das corridas desde sua suposta origem na Grécia antiga; oferece informações médicas sobre a prática; e, de quebra, nos leva de “carona” num passeio sensível pela alma humana. Leitura indispensável para corredores e futuros corredores.” 

Estou longe de ser corredora, muito menos de maratonas, mas adoro o texto do Drauzio Varella. Um mix de estórias pessoais e dados médicos sobre as vantagens e riscos de se correr uma maratona. Ele escreve com paixão sobre o esporte e a cidade de São Paulo. Achei impossível de não me apaixonar também. Aliás, ele é de fato um exemplo de vida e de determinação.

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N.

About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

1 Comment

  • Bárbara Hernandes
    November 2, 2015 at 12:10 pm

    Ai Nivea, você sempre dá dicas excelentes por aqui! Eu adoro o Marcelo Rubens Paiva e fiquei interessada nesse livro aí. Já esse da Amy comprei para o kindle e estou esperando as aulas do mestrado acabarem pra começar a ler… tenho certeza que vou amar, pois acho ela super engraçada e também amava Parks! 🙂

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