Comentei no post de ontem que Elena tem exigido bastante da gente. Erik, como era de se esperar, tem ficado em segundo plano.
Quando estamos todos em casa, no entanto, a gente faz o possível para se dividir e dedicar tempo para ele. No sábado, por exemplo, um dia que normalmente eu aproveito para ficar sozinha, levei Elena comigo à reunião do Weight Watchers para que o Erik ficasse em casa com o pai.
Já no domingo a gente inverteu os papéis. Ian ficou com Elena em casa e eu saí sozinha com o Erik. Fomos ao cinema e ele escolheu assistir Home (a outra opção era Bob Esponja). Deve ter sido a primeira vez que ele assistiu um filme de verdade, sem querer levantar e sair no meio da sessão. Depois ele também escolheu o restaurante para o nosso almoço, o Nando’s (que eu já disse mil vezes que adoro com pimenta). Deixei também ele dar uma voltinha no trem que circula o shopping center, comprei um brinquedo bem pequeno e para terminar o dia, antes de voltar para casa de ônibus, ele brincou num daqueles carrinhos movidos a moedas.
O plano para o resto do domingo era fazer o que a gente sempre faz em família domingos à tarde, sair para caminhar no parque enquanto Erik anda de bicicleta e Elena dorme no carrinho. Fazemos sempre o mesmo circuito, saindo aqui de casa e indo até o centro de Swords para uma volta nos jardins do castelo e parada estratégica para ele brincar no playground. Ida e volta levam quase 8km.
Quando estávamos quase chegando no centro Erik caiu da bicicleta e machucou o dedo. Na hora ele chorou muito, mas eu no fundo achei que ele estava mesmo era muito cansado (e estava mesmo), já que ele não costuma chorar. O dedo parecia machucado (estava um pouco inchado e roxo) e com um pequeno corte. Como ele se recusou a andar Ian teve que carregá-lo junto com a bicicleta até o shopping. Decidimos que o Ian ia voltar para casa (literalmente correndo até mesmo porque ele estava vestido para isso) para buscar o carro enquanto eu ia esperar no Starbucks com os dois.
Comprei alguma coisa para ele comer e ele parou de chorar mas continuou não me deixando chegar perto da mão machucada. Eu achei que era só uma bogagem e que ia passar, mas Ian achou melhor ir para o hospital. Lá fomos todos. No meio do caminho Erik dormiu e estava tão bem que a gente resolveu dar meia volta e ir para casa. Na minha cabeça, se fosse algo mais sério ele estaria com muita dor e deixaria isso bem claro.
Não me leve a mal. Se estivessse no Brasil teria levado à emergência para verificar o dedo de qualquer jeito, mas conhecendo as coisas na Irlanda achei melhor esperar (e Ian concordou). Isso porque chegando no hospital (do outro lado do mundo), pagaríamos a consulta de €100 e esperaríamos horas e horas até ver um médico. Acho o atendimento tão ruim que só mesmo em caso de absoluta necessidade.
Em casa ele continuou não reclamando de dor e dormiu a noite toda. No dia seguinte, no entanto, o dedo parecia pior. Ele tinha um passeio para o zoológico com a escola e não quisemos arriscar mandá-lo sem ter certeza que não havia quebrado ou torcido nada.
Fiquei em casa com a Elena, Ian tirou o dia de folga no trabalho e foram para o hospital. Voltaram cerca de 7 horas depois com o diagnóstico de fratura. O dedo foi imobilizado e vai ficar assim até que volte ao normal (sem inchaço e sem dor).
Ele continua com o mesmo fogo na bunda de sempre e vez ou outra, pela carinha dele, percebo que está com dor e dou um analgésico.
Aliás, considerando o nível de fogo nessa bunda dele, até que demorou para quebrar alguma coisa.
N.
14 Comments
Paula Oliveira
May 27, 2015 at 5:36 pmTadinho. Que melhore logo. Mas eu em seu lugar teria feito igual.
xx
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:02 amObrigada, Paula x
Mari
May 27, 2015 at 6:33 pmNi, se te faz sentir melhor, quando eu aprendi a andar de bicicleta levei um tombo no sábado a tarde e torci o braço. Chorei muito o fim de semana inteiro, mas meus pais disseram mil vezes que era manha. Segunda de manhã cedo fui ao hospital e passaram tooodos os pacientes na minha frente — sei lá, devo ter cara de pessoa manhosa, pq né? — e quando finalmente me atenderam, no início da tarde, constataram que era uma fratura.
Espero que o Erik esteja melhor.
Beijo!
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:03 amMari, minha irmã passou dias com um braço quebrado também 🙂 x
Gabi
May 27, 2015 at 7:29 pmNívea, começou a fase do quebra quebra, então, haha.. Te digo que eu, uma menina moça das quietas (só que não), quebrei o braço em dois lugares de uma vez andando de patins, quebrei o outro jogando bola, o tornozelo brincando de pogobol, o pé na saída da faculdade e o coccix na saída de um jantar, aos 23 anos de idade, ahaha.. logo, te digo, é o começo de uma vida muito bem vivida 😀 Bjs
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:03 amNão tenho dúvidas, Gabi xxx
Bárbara Hernandes
May 28, 2015 at 10:29 amEu sempre fui comportada e nunca quebrei nem torci nada, mas tive vários amigos na escola que já quebraram ou torceram dedo, mão, perna… é normal na infância e pré-adolescência, né? Agora é cuidar dele e torcer pra que se recupere logo!
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:04 amObrigada, Bárbara. Eu era comportadissima também, mas vivia com gesso na perna por causa do meu pé torto 😉 x
Natália
May 28, 2015 at 1:14 pmTadinho… Parece tão quietinho assim, sentado na cadeira… Pura ilusão! Logo, logo tá bom!
Bjs
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:04 amObrigada, Natália x
Bibi
May 29, 2015 at 6:59 pmMelhoras para o Erik. Tudinho… Deve doer!!!!
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:05 amBibi, me disseram que doi mesmo, mas ele não reclama x
Bruna Dalfré
June 2, 2015 at 7:21 pmOi Nívea!Que dó do Erik, até que ele foi bem forte por estar com dor, não sei como aguentou!
Gostaria de saber como é o acompanhamento com o pediatra por ai, principalmente em relação a Elena, é todo o mês como é aqui no Brasil?Eles medem, pesam?Como são as consultas?Tenho essa curiosidade..
Bjuu
Nivea Sorensen
June 4, 2015 at 10:08 amBruna, aqui não tem pediatra a disposição assim, não. Nenhum dos meus passou por um (a não ser na alta da maternidade e Elena que voltou dias depois com conjuntivite, mas só por ser recem nascida). Nós só vamos ao médico se precisar, um clínico geral (também chamado de médico da família), não para acompanhar. Se eu quiser acompanhar peso e medida preciso ligar para a enfermeira do posto, que viria na minha casa, mas não achei necessário ainda. De vez em quando existem consultas com essas enfermeiras no posto para verificar o desenvolvimento deles.
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