Festa do Pijama

Como fiquei sozinha com E. no sábado e domingo decidi que pelo menos ia ser um final de semana divertido.

Pela manhã, no sábado, fomos ao parque. Ele fingiu andar de patinete, eu fingi que não odeio sair com ele andando sem o carrinho (ou ele quer correr sem segurar a minha mão, ou sem ajuda com o patinete até mesmo para atravessar a rua ou insiste em ser carregado, o que eu não posso fazer porque minha coluna não aguenta). Ele cometeu incontáveis tentativas de suicído infantil correndo desabestado em direção aos balanços em movimento e eu quase tive incontáveis ataques cardíacos de medo que ele levasse uma pezada na cabeça oca ruiva.

Só consegui tirá-lo do playground com a promessa de bolo. Paramos num café aqui pertinho, pedi um chocolate quente com leite desnatado (mas com marshmallows porque eu vou pro inferno gorda e com maiô feito de material inflamável, rolando, claro) pra mim, um muffin de maça e canela pra dividir com ele (pelo menos foi a opção menos demoníaca que achei) e um tiny tot hot chocolate para ele experimentar pela primeira vez.

E. comeu boa parte do bolinho, quis um golinho do “milk com chocolate” mas fez cara de quem tava tomando chá de boldo e pediu água mesmo.

O parque foi seguido por almoço e soneca. Deixei ele dormir o quanto quisesse ,á que o horário de ir para a cama à noite também poderia ser mais tarde, e ele acordou sozinho e bem humorado. Tomamos banho juntos, mais cedo do que de costume, e esperamos pela entrega da pizza que eu já tinha pedido. Jantamos no sofá, de pijama os dois, assistindo Despicable Me na TV.

Depois do jantar, do filme e uma sessão de lego e estórias foi só escovar os dentes e colocá-lo para dormir, dessa vez na minha cama, para gente dormir junto. Ele todo feliz pediu seus bichinhos de estimação, sua pepe e seu blanket e adormeceu sozinho, como de costume. Já eu poderia ter aproveitado para dormir cedo mas voltei para a sala para ler e ouvir música até quase de madrugada.

E. dormiu tão bem que acordou mega cedo no dia seguinte. As 6 da manhã ele já fazia barulho de ambulância na minha orelha (ni nó ni nó ni nó ni nó) e pulava em cima de mim ao gritos de wake-wake mamãe.

Foi uma delícia ficar sozinha com ele, mas eu confesso, tenho nenhuma vocação para mãe solteira. Antes do domingo acabar quem já estava acabada era eu. Bom mesmo foi ver o marido de volta em casa. E ele que me aguarde porque a próxima escapada de final de semana é minha!

N.