A tal Ashtanga

Quando eu disse no post anterior que não sabia muito bem a diferença entre alguns tipos mais comuns de ioga eu exagerei um pouco (para quem não sabe eu quase sempre exagero).

Eu sabia que a ashtanga era o tipo mais exigente fisicamente, mas de tudo o que eu li foi a que mais me encantou. A idéia de ter um corpo forte, flexível e uma mente calma era justamente o que eu procurava.

Então que não sendo eu nem forte nem tão pouco flexível, e ainda por cima muito descoordenada, eu sabia que ia ser um desafio. Sabia que ia ser difícil e que eu demoraria um bom tempo para pegar o jeito da coisa.

Só que foi pior do que eu esperava. E olha, eu sempre espero o pior. Foi tão ruim que eu quase sai na metade da aula, chorando. My old me teria saído mesmo e nunca mais voltado, não se importando com o valor que foi pago pelas aulas do mês inteiro.

No dia seguinte, além de muito dolorida acordei gripada, sem conseguir respirar pelo nariz. Se não aparecesse na aula iam achar que eu tinha desistido depois do meu fiasco no sábado.

Fui até a escola mas me mandaram de volta para casa mesmo. Sem respirar direito não dava nem para tentar. Fiquei para pelo menos observar a aula e ainda gastei uma fortuna numa espécie de toalha para cobrir meu tapete e não escorregar (investir para não desistir é a ordem do dia).

E só para deixar a coisa toda mais feia estou passando a semana toda em Killarney, ou seja, só vou voltar a praticar no próxima semana. A partir daí vou entrar numa turma qualquer, onde quase todo mundo já vai ter mais prática (e talento) do que eu, que vou ficar completamente perdida.

Sabe o que mais?  Não desisto. Não desisto. Não desisto.

N.