Vivendo perigosamente

Eu fui à duas festas nesse fim-de-semana.

A primeira, um chá-de-bebê com rodízio de pastel. RO-DÍ-ZIO de pastel. PAS-TEL, a coisa que eu mais gosto de comer na vida, que não como praticamente nunca (uma vez por ano quando vou ao Brasil). Pastel à vontade, de vários sabores. Tem noção? Fui sem almoçar ainda por cima, e com a fome louca que me acomete alguns dias antes da minha menstruação.

A segunda, um aniversário de um ano. E não era festa de filhote de irlandês, não (uma pobreza em termos de comida, coitados), era festa de bebê half-and-half. Festa com salgadinho, cachorro quente, e tudo mais. De novo fui sem comer (na correria para entregar os doces nem deu tempo).

Além das duas festas, duas noites eu não tive como cozinhar (e não dava para deixar o marido bagunçar a minha cozinha que virou confeitaria no final-semana). Resultado: duas noites que apelamos para o take-away, um dia pizza, no outro comida chinesa.

E teve o vinho.

E teve umas panelas de doce que TIVERAM que ser lambidas antes de ir à lava-louças.

E teve umas lasquinhas de bolo com um pouquinho do recheio que PRECISAVAM ser provadas.

E hoje tem reunião semanal do Weight Watchers e eu vou subir numa balança na frente de um grupo de mais de 20 mulheres.

Me fala se isso não é gostar de viver no limite? Ou seria pura falta de vergonha na cara mesmo?

N.

PS. se continuar nessa cólica lascada não vou à reunião coisíssima nenhuma, vou ficar em casa com uma bolsa de água quente na barriga.