“Que medo alegre, o de te esperar”
(Clarice Lispector)
Completo 18 semanas hoje e estou me sentindo tão feliz, tão feliz que eu nem sei explicar direito.
Ter ido à minha primeira consulta na segunda-feira passada e saber que está tudo bem com o meu babóg me tranquilizou muito. Em primeiro lugar porque ainda estava em pânico com a idéia de ter um parto aqui na ilha onde todo mundo reclama horrores do sistema de saúde pública. E em segundo porque eu queria muito saber se estava tudo bem aqui dentro.
Quando cheguei em casa depois da consulta com o GP (clinico geral) que comprovou minha gravidez (quando eu já estava com 8 semanas) e liguei para o telefone do hospital para marcar meu pré-natal me assustei com a demora em agendar a primeira consulta. Depois me acalmei quando me dei conta de que é assim mesmo que as coisas são feitas por aqui (a primeira consulta no hospital deve acontecer pouco antes da semana 20). Ou seja, até lá nada de médico ou exames, a não ser que você pague por eles.
Também não me agradava a idéia de ser atendida por uma midwife, mesmo sabendo que aqui elas têm formação superior e estão longe do esteriótipo da “parteira” brasileira.
E não é que eu estava errada? Por enquanto, pelo menos por enquanto, eu não tenho do que reclamar. Achei a clínica e o atendimento de duas e não uma midwife excelente. Ambas foram atenciosas, tiram minhas duvidas e fizeram com que eu me sentisse bem cuidada. Coisas pequenas, como a preocupação de uma delas em saber se pronunciava meu nome de maneira correta, me fizeram esquecer que aquele era um serviço público.
Pelo meu histórico de depressão também fui encaminhada para iniciar uma série de consultas com um psiquiatra, especialista em depressão pós-parto, o que também me deixou mais tranquila. Melhor prevenir do que remediar, sempre. Mas caso remediar seja preciso, bom saber que vou contar com ajuda de um profissional assim de imediato.
Além disso, pudemos ouvir pela primeira vez o coração do babóg. E se eu conseguisse expressar aqui o que eu senti, eu ganharia dinheiro escrevendo.
Saí de lá tão eufórica que convenci I. a me levar para fazer um ultrasom naquela noite. Já tínhamos combinado que esperaríamos até a semana 18 para saber o sexo, mas eu não consegui resistir a tentação de pelo menos ver o bebê.
E que bom que eu não resisti:
Aí está o meu babóg, com 16 semanas e 5 dias de gestação. Nesse dia, descobrimos que é um menino (eu sei que muita gente já sabia) provando que eu não tenho mesmo instinto materno.
Toda a “culpa” que eu estava sentindo por querer um menino quando achava que esperava uma menina, foi embora. Semanas de terapia à toa, já que não precisava ter me preocupado.
Descobri também que mesmo não sentindo, ele se mexe, e se mexe muito.
Naquela semana, ele pesava 169 gramas e media não sei quanto (porque eu não sei ler as abreviações do scan). Falta de instinto materno 2, eu 0.
Decidimos, pelo menos por enquanto, chamá-lo de Erik (E. a partir de agora aqui no blog já que eu não escrevo nenhum nome). Eu já contei pra todo mundo, mas I. ainda diz para os amigos e para família dele que é surpresa.
A próxima consulta vai ser com o GP no consultório, dia 2 ou 3 de Dezembro. Em Dezembro tenho consulta também com o psiquiatra e outro ultrasom no dia 16. Em Janeiro voltamos ao hospital, dessa vez para ver um obstetra.
Mas estou esperando ansiosamente mesmo é pelo dia em que vou sentir ele se mexer.
N.
5 Comments
cintia
November 17, 2010 at 4:07 pmEh magico, ne? To com 23 semanas e tipo… eu paguei pra ter um ultra-som particular pois nao aguentava esperar. Muito bom ver o bebe mexendo e saber que ta tudo bem. Vou ter uma menininha 🙂 Mas nasce no Brasil 🙂 Beijos.
K∂riиє* Smith.
November 17, 2010 at 8:48 pmAi que gostosa essa sensação, mas ó, não precisa ficar muito ansiosa, tudo acontece na hora certa, emoção mesmo vai ser quando o Ian também conseguir sentir só colocando a mão!
beijo e feliz mais de 1/3 do caminho pra vc!
Dany Gouveia
November 17, 2010 at 9:13 pmAi Nivea, cada momento eh MAGICOOOO!!!
So estando nesse estado de graca p/ sabermos que tudo faz a maior diferenca e nos deixa mto felizes quando se trata do nosso baby =)…Parabens pelo meninao e logo chega a hora dele estar em seus bracos oq eh realmente mais inexplicavel ainda, ecutar o primeiro choro e saber de vdd que ele eh seu!!!
APROVEITA
Blog da Pandinha
November 17, 2010 at 10:23 pmNi, curta só a parte boa… é difícil falar em ansiedade para quem é ansiosa na essência, mas viva um dia de cada vez e veja que coisa mais rica está crescendo e se desenvolvendo dentro de vc! Viva o E.!!!
Cath
November 18, 2010 at 4:10 pmParabens, Ni! Um menininho para ir pro pub com o pai e jogar hurling hahaha. Faz um tempinho q eu nao passo por aki pq eu estou bem enrolada, e fico muito feliz em saber que vc conseguiu encontrar uma boa clinica e pessoas atenciosas. Eu amei o nome, Erik.Estou muito feliz por vcs, agora soh falta eu e a japs tomar a mesma agua hahaa bjuss