Amélia Letrada (Fevereiro)

Li bastante em Fevereiro, mas antes que você ache que eu me tranquei no quarto enquanto a criança assistia TV (vontade não faltou), a maioria dos livros foram leitura muito fácil, alguns lidos em um dia ou dois. Eu continuo lendo só um pouco antes de dormir.

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Fifty Shades Freed – E. L James

De novo, desnecessário dizer do que se trata.

Leitura The Flash, passei os olhos em meia dúzia de parágrafos, e foi tão importante na minha vida que eu já não lembro os detalhes do final (a razão por eu ter lido até o fim era saber o final da estória, que claro, no fundo todo mundo sabe como termina).

Enfim, passe longe porque a vida é muito curta para perder tempo com literatura ruim.

Life of Pi – Yann Martel

O navio em que a família do menino indiano conhecido como Pi, e alguns animais do zoológico que seu pai acabara de vender, naufraga no trajeto entre a India e o Canadá. Pi não é o único sobrevivente e se vê obrigado a dividir um bote salva-vidas com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre-de-bengala chamado Richard Parker.

Ganhei o livro do I. de presente, há um bocado de tempo, mas nunca achei que ia gostar da estória. Só dei uma chance para ele por ser um clássico, um livro bastante conhecido e porque fiquei bastante curiosa com o filme baseado no livro (só assisto um filme depois de ter lido o livro, do contrário o livro fica de lado mesmo).

E adorei. Bem escrito, interessante, uma estória bem bonita sobre religião, fé e o papel da imaginação quando a vida como a gente conhece naufraga. Fiquei presa do começo ao fim.

Altamente recomendado.

Bilingual by Choice: Raising Kids in Two (or More!) Languages – Virginie Raguenaud

Estava enrolando com esse faz tempo, já tinha lido uma parte, parei, voltei e agora decidi acabar de vez. Achei pouco prático e até mesmo a teoria me pareceu senso-comum.  Daqui para frente vou ler livro sobre o tema que me forem indicados por quem entende do assunto, ao invés de comprar o que eu vejo pela frente.

Se tivesse que indicar um livro sobre bilinguismo para alguém não seria esse.

Fast Diet – The Secret of Intermittent Fasting: Lose Weight , Stay Healthy, Live Longer – Dr. Michael Mosley & Mimi Spencer

Eu nunca fiz nenhuma dieta radical. Não acredito em abrir mão completamente de carboidratos, nem de tomar suco por 3 dias, nada disso faz sentido para mim. Eu sei muito bem o que fazer para emagrecer, e estou demorando todo esse tempo para voltar ao meu peso pré-gravidez por pura fidelidade às gostosuras dessa vida.

Mesmo assim, depois de ouvir meus sogros comentando sobre o documentário exibido pela BBC à respeito dessa nova dieta, e principalmente sobre os possíveis benefícios para a saúde que ela traria, encontrei o livro numa das listas de mais vendidos e não resisti.

Funciona basicamente assim, durante dois dias na semana você deve fazer uma espécie de jejum. Não chega a ser jejum porque você pode ingerir 500 calorias divididas em duas refeições, café-da-manhã e jantar (preferencialmente evitando muito carboidrato e açúcar). Parece que o segredo está em passar 12 horas ingerindo só água, chá, café ou o que você preferir, desde que livre de calorias. Nos outros dias da semana, em teoria, você come o que quiser (foi ai que eu me animei).

O livro é bacana, explica com detalhes porque isso traz beneficios para o organismo, inclusive diminuindo as chances de doenças do coração, diabetes e câncer, e te dá inclusive muitas possibilidades (você pode fazer um dia só na semana, se não quiser emagrecer muito;  pode comer todas as calorias numa única refeição se achar melhor; fazer dois dias seguidos ou com intervalos e etc.). Além disso tem muitas idéias de cardápio.

Me convenceu? Honestamente não sei. Mas ainda não desisti de tentar quando retornar do Brasil.

Alguém já ouviu falar ou está fazendo?

Sh*tty Mum: The Parenting Guide for the Rest of Us – Laurie Kilmartin, Karen Moline, Alicia Ybarbo and Mary Ann Zoellner

Algo como “exercer a maternidade com 40% de esforço”. Logo na introdução você já fica sabendo que o livro é sobre como “fazer um trabalho meia-boca ao mesmo tempo evitando que os outros percebam”.

Ou seja, não é para todo mundo. Se você não tem o menor senso-de-humor, e se leva muito a sério como mãe, melhor ir ler outra coisa. Do contrário, corra para a livraria mais próxima. A coisa mais engraçada que eu li na vida, o livro que eu queria ter escrito sobre ser mãe.

O livro é todo dividido em capitulos muito curtos sobre como enfrentar a situação x, do tipo: como deixar seu filho doente na creche antes que a professora perceba; como não ouvir o bebê chorar no meio da noite; ou como dormir até as 9 da manhã todo fim-de-semana.

Li do começo ao fim, sem conseguir parar, numa sentada só. Ri muito e daria de presente para toda amiga mãe, se pudesse.

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Março no Brasil, será que vou conseguir ler?  Conto quando o mês terminar.

E como sempre, aceito sugestões.

N.