We hate it when our friends become successful

Já dizia cantava o Morrissey em 1992, com um certo exagero, achava eu.

Então vem a sua amiga (cujo nome eu mantenho em segredo para não acabar com a amizade), e consegue ingressos para ver o próprio Morrissey ao vivo, e você não. O tal do Morrissey que você passou a infância e a adolescência inteira ouvindo. O tal do Morrissey que você achava que ia ser super seu amigo se vocês se conhecessem. O tal do Morrissey, vocalista da banda mais importante dos anos 80. O tal do Morrissey que no final estava certo sobre o ódio aos amigos bem sucedidos. Ou no caso, à amiga bem sucedida na árdua tarefa de conseguir ingressos concorridos.

Não contente, a tal amiga ainda compra outro ingresso (esgotados em poucos minutos assim que começaram a ser vendidos), e resolve levar você? Não! Ela resolve levar o marido. Olha que audácia?

E foi aí que eu achei que era demais e que um plano malígno deveria ser colocado em prática [pausa para risadas diabólicas]. Para isso contei com a ajuda do meu I., que me ama e perde os escrúpulos para me fazer feliz.

Convidamos o casal de amigos para jantar, assim de última hora, e entre uma cerveja e outra depois de várias cervejas,  I sugeriu ao amigo que muito mais legal do que ver o Morrissey seria ver o Roger Daltrey vocalista do The Who. Ele compraria os ingressos, mas coitado, não tinha com quem ir.

E assim do nada, eu disse do nada, surgiu a idéia de que os meninos fossem ao show do Roger Daltrey (hoje à noite) enquanto as meninas veriam Morrissey (na sexta).

Pois é, vou ver o Morrissey! E olha, nem precisei por o plano B (trocar meu filho por um ingresso) em ação.

Agora me conta se eu não dou pra vilã da novela das 8?

N.