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3 meses / Meu babóg / Pretensões e Desabafos

Erik the Red

Atire a primeira pedra a mãe que durante a gravidez não imaginou como o filho seria.

Continue o apedrejamento quem não errou feio.

I., pelas ilustrações que fez aqui pelo blog (ele por sinal se aposentou precocemente do cargo de ilustrador oficial do Que Seja Doce), achou que o filho teria os olhos azuis como os dele (ele nega isso de pés juntos, e eu finjo acreditar).

Já eu tinha certeza de uma coisa, o meu babóg nasceria cabeludo, com muito, mas muito cabelo escuro.

E foi aí que Deus, a quem eu admiro pela ironia, sentou-se e riu da minha cara. Mas riu assim de chorar. Riu tanto, que além de não me mandar um babóg cabeludinho, me mandou um de cabelo vermelho. Porque assim, eu nem me surpreenderia com um loirinho (I. quando era babóg tinha o cabelo loirinho), mas um ruivinho?

Agora pensando direito, os sinais estavam todos lá. Segura na minha mão e vem comigo que eu te conto.

I. me disse uma vez que sua mãe o chamava de Silly Sausage quando ele era pequeno. Achei o cúmulo da fofura e passei a chamar assim o meu babóg, quando ele ainda estava na minha barriga. Ou melhor, utilizei a versão brasileira Herbert Richers: Salsicha Boba. O preço pago pelo apelido? Um babóg com cabelo de água de salsicha.

Sinal ainda maior veio com a escolha do nome. Escolhemos chamar nosso filhote de viking de E., assim como o viking mais famoso da história: Erik Torvaldsson, mais conhecido como Erik the Red (por que será?)

Dizem as más linguas que o tal do Erik the Red era cheio de si. Tinha um ego tão grande que a Noruega, seu país de origem, ficou pequena demais e ele foi obrigado a descobrir a Groênlandia.

Meu filho? Esse vai pelo mesmo caminho. Toda vez que se vê num espelho dá gritinhos histéricos de felicidade, o que só prova que além do cabelo ele herdou do xará uma pitada de egocentrismo.

Ah, e quanto aos descobrimentos, bom… não é assim nenhuma Groênlandia, mas ele já descobriu as próprias mãos.

N.

About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

16 Comments

  • DanyCassar
    July 25, 2011 at 9:18 am

    Haha, ri mto com o apelido…rss
    E uma delicia essa fase de descoberta, hj msm a Bella acordou dando xau e fazendo barulho de beijo…rsrs

    Bjos p/ vcs

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  • Daniela
    July 25, 2011 at 9:31 am

    Nivea, mas ele ainda vai trocar o cabelo e tem mt chance de vir um cabelo loiro, rsrs

    O historico dos bbs ruivos q vi por ai, ficaram loiros na troca de cabelo. Bom, mas nenhum era filho de viking. 🙂

    bjoss

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    • Nivea Sorensen
      July 26, 2011 at 8:10 pm

      Oi Dani,
      Tb acho que o cabelo ainda muda de cor, sim.
      bjs

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  • ka smith
    July 25, 2011 at 10:38 am

    Coisa linda!
    E sim, não atirei nenhuma pedra porque errei em todas as previsões que fiz para os meus dois! hahahah

    beijoo

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  • Mi.
    July 25, 2011 at 12:12 pm

    Ahahaahah excelente o texto! Agora acertando ou errando a previsao, que seu filhote eh fofo, isso eh 🙂

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  • Veneranda
    July 25, 2011 at 2:05 pm

    N.,

    Tenho um sobrinho ruivo que quando nasceu era tão laranjinha que nós o apelidamos de fanta…
    Veio a época das papinhas e a pediatra proibiu minha irmã de colocar o que quer que tivesse a cor laranja (cenoura, abóbora e afins) nas sopinhas dele para que ele não ficasse com um tom alaranjado também na pele… afinal, cabelos, cílios e sobrancelhas eram em sua melhor definição: cor de água de salsicha como os do E.
    Hoje, o meu ruivo tem 14 anos e, ao longo do tempo, os cabelos ganharam um tom vinho que chama a atenção aonde quer que ele vá.
    Ele não gosta. Mas que é lindo de morrer isso é…. como o seu.

    Bjo

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    • Nivea Sorensen
      July 26, 2011 at 8:12 pm

      Veneranda,
      Só o que me faltava era esse menino ficar todo laranja!! rs
      Bjs

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  • Neda
    July 25, 2011 at 2:44 pm

    Nivea, o Guilherme nasceu ruivo (a cor era linda) a gente chamava ele de “Red Herring”, ele nasceu como você havia imaginado seu viking, com muito, muito cabelo, e nunca “trocou”, sempre foi cabeludo. Mas hoje o cabelo é “louro cinza claro/ escuro” vai depender da quantidade de sol que toma.
    Particularmente, acho ruivos lindos, desde o tom “água de salsicha” até aqueles acobreados que são quase castanho. O que eu acho curioso são todas as lendas e mitos acerca dos ruivos que havia antigamente.
    BJS

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    • Nivea Sorensen
      July 26, 2011 at 8:13 pm

      Neda,
      Não sei das lendas e mitos. Vou pesquisar.
      Bjs

      Reply
  • c.oberding
    July 25, 2011 at 2:52 pm

    Nivea,
    Independente de ter acertado ou não reforço o que já disseram para você. É muito lindo!
    E lógico que para a mãe o filho sempre é o mais lindo de todos. Independente da cor do cabelo… rs
    Um beijo. Parabéns e boa semana.

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  • Cintia
    July 25, 2011 at 3:01 pm

    Ah, as descobertas! Sao otimas. E eu realmente imaginei a Sofia moreninha de olho escuro… veio uma gringa! Ah, os erros…

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