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O livro da barriga

Desde que eu me conheço por gente, eu escrevo diários. No começo eles eram cadernos normais cujas capas eu montava com recortes de revistas de bandas e atores que eu gostava. Ainda me lembro de um dos primeiros que me acompanhou por anos, com a cara do Michael J. Fox na capa (sim, eu tenho mesmo 32 anos e não nego). Eles ficavam enormes com o tempo, de tanto papel de bala, bombom, ticket de cinema e quinquilharia que eu juntava. E depois iam todos para o lixo nas minhas típicas crises de depressão Feng Shui interno.  
As capas “Caras” que deram lugar as capas normais, com menos cara de adolescente, viraram com o tempo simplesmente um arquivo do Microsoft Word e eventualmente virou esse blog (cujo primeiro post de Abril de 2006 ainda está aqui).
Em Janeiro de 2008, no último dia de férias em Londres descobri uma papelaria muito fofa (a Paperchase que também tem filiais aqui em Dublin) e comprei um caderno, transformado naquele mesmo dia num diário que eu escrevi até o último dia do ano passado. 
O diário sofreu um pequeno acidente causado por leite e nescau, 
mas ainda está intacto. Se clicar na foto dá até pra ler o que eu escrevi naquele dia.
O caderno chegou ao final mas continuo escrevendo (com pouca frequência, é verdade), num outro que D. me trouxe de presente da Alemanha.
Eu disse com pouca frequência, justamente por usar esse espaço online como um diário também. Não existe a intenção de mudar o foco do blog (o meu próprio umbigo, agora literalmente), mas ao mesmo tempo, eu não queria transformá-lo num blog de gravidez (apesar de que esse ainda vai ser o assunto principal por mais alguns meses, não tenho como escapar). 
O problema foi resolvido quando encontrei na Hodges Figgs esse diário:

Ou melhor, eu o vi na contracapa de um outro livro. Eles não tinham disponível na hora então tive que encomendar e esperar dias e dias para comprar. O telefonema da loja veio no dia do meu aniversário então resolvi voltar do trabalho caminhando e dar uma paradinha por lá. 
Aproveitei também e comprei a versão do bebê:
Afinal, não vai ser filho* meu se já não nascer com um diário. ;o)
N.
ps. o fato de eu chamar de filho não quer dizer necessariamente que eu acho que vai ser um menino (contrariando todo mundo). 
ps2. I. também me deu esse livro de aniversário, cheio de informações legais sobre ter um filho aqui na Irlanda, e escrito por um obstetra que trabalha na materninade onde eu vou ter o meu:
About Author

42 anos; brasileira que mora na Irlanda; mãe de um filhote de irlandês do cabelo vermelho e muito fogo na bunda, de uma pimentinha de olhos grandes e curiosos e de uma caçulinha que é só sorrisos.

1 Comment

  • Mr. Lemos
    October 12, 2010 at 10:08 pm

    hehe… muito bom. Gostei de ver a capa do diário cheia de adesivos de promoção. E tb fiquei curioso pra saber se o ipod daquele ano ainda existe. E mais curioso ainda pra saber algumas das músicas tristes que te acompanharam naquele tempo… ;))
    bjo

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